domingo, 27 de julho de 2008

THE ONE POUND GOSPEL!


1 Pound no Fukuin.



Episódios: 9 episódios.

Ano: 2008 (Inverno).

Gênero: Comédia, Romance


Elenco principal: Kamenashi Kazuya (Hatanaka Kousaku), Kuroki Meisa (Sister Angela), Kobayashi Satomi (Mukoda Seiko), Okada Yoshinori (Ueda), Yamada Ryosuke (Mukoda Katsumi), Takahashi Issei (Ishizaka), Mitsuishi Ken (Mitaka Hideo), Motai Masako (Osamu Incho), Ishiguro Hideo (Horiguchi) e Namioka Kazuki (Kojima).



Sinopse: Baseado no mangá de Rumiko Takahashi. Hatanaka Kousaku é um boxeador habilidoso, mas que tem problemas em controlar seu apetite, e assim manter-se na sua categoria.



Após desmaiar enquanto ficava sem comer para tentar perder peso, ele conhece Sister Angela, uma freira, e apaixona-se por ela. O drama é muito engraçado e empolgante.vale a pena conferir esse drama!

YASHA!


Série com contéudo SHOUNEN-AI !


Sinopse: Arisue Sei, pesquisador-chefe da companhia NeoGenesis nos Estados Unidos, é enviado à Universidade Rakuhoku em Tóquio para ajudar na pesquisa sobre um novo vírus descoberto numa pequena ilha do Japão.



Sei sempre foi criado como uma criança normal por sua mãe, mas, na verdade, ele é um gênio com incríveis habilidades físicas e intelectuais criado apartir de uma experiência de manipulação genética. Por acaso do destino, Sei descobre que possui um irmão gêmeo, o amável(?) Amemiya Rin cujo os sentimentos por Sei ultrapassa o limite fraternal.



A partir daí, a história se desenvolve em volta da batalha contra o vírus, a proliferação de um novo tipo de gripe altamente letal e um plano secreto para reduzir a população mundial afim de reaquecer a economia global. Baseado no manga shoujo de Yoshida Akimi.


Título Original: Yasha Gênero: Suspense / Mistério / Ação.
Episódios: 11 Duração: 45 min Ano de exibição: 2000.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

COMANDO ESTELAR FLASHMAN!







Comando Estelar Flashman ou Choushinsei Flashman no original, é um seriado de TV japonês (tokusatsu) da franquia dos Super Sentais produzido entre 1 de março de 1986 e 21 de fevereiro de 1987 pela Toei Company.





Foi exibido no Brasil a partir de 1989 na Rede Manchete. Têm ao todo 50 episódios e mais 2 filmes.



O nosso segundo "sentai" chegou ao Brasil depois do Esquadrão Relâmpago Changeman. Não fez tanto sucesso, mas, deu à extinta TV Manchete uma audiência parecida com a dos Changeman.



O Comando Estelar Flashman trouxe novidades, como usar dois robôs gigantes, contrária a Changeman e a Bioman, que usavam apenas um. O grupo não teve um sargento como o Ibooke em Changeman, mas teve um robô que contribuiu muito para a história: Meg.



A História.
Cinco jovens foram raptados quando crianças por caçadores espaciais, mas acabaram sendo salvos pelo povo do Planeta Flash. Durante vinte anos os jovens viveram e treinaram no Planeta Flash e seus satélites.



Voltaram vinte anos depois à Terra ao saberem que o cruzador Imperial Mess, liderado pelo Monarca La Deus e o cientista Doutor Keflen, está prestes a invadir o planeta. Flashman sem dúvida também tem o seu "quê" de especial.Na foto ao lado o Monarca La Deus (Lar Deus no original): Líder do cruzador imperial Mess. Objetiva se tornar o ser mais poderoso do universo, e para isso utiliza várias criaturas dos planetas invadidos ao longo do universo.



No final é transformado pelo Doutor Keflen no monstro La Zeuner e depois no monstro Demoz e destruído pelo Gran Titan, após ter derrotado o Flash King.



O Comando


Estelar Flashman.



Jin/Red Flash: O líder do grupo. Foi criado no Planeta Flash, o qual reunia as características de todos os satélites do Planeta Flash em um só. Com um grande senso de justiça, mesmo nas horas mais críticas incentiva seus companheiros a nunca desistirem da missão.De seu planeta originou-se o poder de inteligencia avançada oque lhe permitiu ser grande conhecedor de ciências e maquinas.


Foi raptado aos 3 anos pelo caçador Alien, Jin ganhou uma cicatriz nesse evento.Idade: 23Armas: Espada Prismática Sagrada (Sword Laser, na versão brasileira)Ataques: Trovão de Fogo, Super Corte e Red Vulcan.



Dan/Green Flash (Dai no original): Criado em Green Star, onde a gravidade era muito forte e a superfície rochosa. Possui o poder da super-força. Fez amigos com o boxeador Ryuu Wakakusa que o treinou em suas habilidades de boxeador. Ele tem queda por todas as mulheres proporcinando humor a série.Idade: 22Armas: Luvas Prismáticas do Rei (Glass Laser, na versão brasileira).Ataques: Rolling Knuckles, Super Piston, Knuckle Guards e Green Vulcan.




Go/Blue Flash (Bun no original): O mais jovem e sarcástico dos Flashman, foi criado no desértico Blue Star, onde eram comuns tempestades magnéticas. Possui a habilidade de subir nas paredes e consegue dar pulos e saltos além da gravidade, possui grande agilidade e poder de sobrevivência podendo ficar 30 dias sem água.Idade: 20Armas: Bola Prismática (Laser Ball, na versão brasileira), Dardos Estelares (Estrela Projétil, versão brasileira).Ataques: Furacão Volt, Super Cyclone e Blue Vulcan.




Sara/Yellow Flash: Criada no gélido Yellow Star, onde desenvolveu grande habilidade mental e aprendeu a controlar o ar e seus movimentos, possui também a habilidade de prever as estratégias do inimigo. No final da série ganha um novo ataque, o Super Giro. É a única na série que descobre quem são seus verdadeiros pais.Idade: 20Armas: Bastões Prismáticos (Bastão Laser, na versão brasileira).Ataques: Super Blizzard, Mach Blizzard, Snow Freeze, Baton Spark, Super Version, Shocking Pieces e Yellow Vulcan.


Lu/Pink Flash: Criada em Pink Star. Tem a habilidade de levitar, já que em Pink Star aprendeu a controlar a gravidade do próprio corpo. Suas armas são o Coração Projétil e o Shoot Laser, que têm como ataques o Super Passo, Chute Relâmpago e Super Terremoto. De todos os Flashman foi a menos focada, tendo protagonizado apenas 2 episódios (3 se contarmos o episódio 5, "O Sucesso das Guerreiras", com o qual protagonizou junto com Sara).Idade: 20Armas: Botas Prismáticas (Jet Laser, na versão brasileira).Ataques: Jet Kick, Bomber Kick, Super Tap, Zero-Gravity Beam, Corações chocantes e Pink Vulcan.


Curiosidades:




*Flashman foi o primeiro seriado Super Sentai a ter um segundo robô.*No episódio 5, "O sucesso das Guerreiras", toca a música "Body action dance janai yo", cantada por Youko Nakamura, que interpretou a Sara/Yellow Flash.



*No episódio 21, "Triste Guerreira", o ator Kazuoki Takahashi (Hayate em Changeman, Satoru em Metalder, Aman Negro em Jiraiya) aparece interpretando Miran, o suposto irmão de Sara.


*No episódio 27, "O Golpe da Amizade", o ator Ryousuke Umizu, que no ano seguinte interpretaria Takeo/Red Mask em Maskman, aparece interpretando Ryu Akakusa,o amigo de Dan.*Kazuhisa Hirose (Wandar) pode ser visto em Jaspion no episódio "Perigo na Lagoa dos Noivos", onde interpretou um noivo. E ainda em Liveman (seriado Super Sentai de 1988) interpretou o vilão Doutor Kemp, e em Jetman o Imperador Toranza.



*Alguns atores que participaram de Flashman também fizeram participações em Black Kamen Rider. No episódio 4 tem um motoqueiro que se transforma em lobisomem interpretado por Kazuhisa Hirose.



Myuki Nagato (Urk) esteve no episódio 8 da série, e no episódio 10, Jouji Nakata (Kaura) interpretou um cientista que trabalhava para os Gorgom.



Ainda Mayumi Yoshida (Lu) teve uma rápida participação no episódio 37, e Akira Ishihama (Doutor Tokimura) esteve no segundo filme da série como o Doutor Makino.*O design de Gals era uma mistura de partes orgânicas e mecânicas, que ao ser confeccionada de verdade acabou gerando uma roupa muito grande e pesada, a qual no decorrer da série ficou muito avariada, já que o personagem tinha muitas cenas de ação.


Então foi decidido que Gals morreria no meio da série (episódio 28, O magnífico Gals) e não no final.*Jouji Nakata (Kaura) interpretou na série Liveman o vilão Doutor Bias e atualmente é dublador no Japão.




Dentre seus vários personagens, estão Alucard em Hellsing, Michael Heartland em Argentosoma, Folken em Escawflone, dentre outros.*Sayoko Hagiwara interpretou a Dyna Pink no seriado Dynaman (1983). Isso ao lado de Junichi Haruta (MacGaren, Storm, Goggle Black), que interpretou na série o Dyna Black. A atriz também foi a heroína Yurian, coadjvante da série Ultraman 80 (1980~81).




*No Brasil Flashman foi a única série tokusatsu a ter seus créditos de abertura e encerramento em português e a ter dois narradores. Tal mudança ocorreu devido a problemas de Francisco Borges (o então narrador) com o estúdio Álamo.



Desde então sua voz não mais apareceu nas séries posteriores dubladas na Álamo, tendo apenas participado de Cybercops (dublado na BKS), aonde deu sua voz ao Capitão Oda.*Jin/Red Flash foi o primeiro personagem do dublador Francisco Brêtas, o qual depois também dublou os red em Goggle V e Maskman.



*Do elenco de dublagem brasileira já faleceram Carlos Laranjeira (Go/Blue Flash), Gastão Malta (Doutor Keflen), Líbero Miguel (Monarca La Deus), Marcos Lander (Wandar), Daisy Celeste (Nefer) e Ézio Ramos (Galdan). Bem possivelmente também faleceu Ricardo Medrado (Doutor Tokimura).*Muybo Cury, o dublador brasileiro de Kaura, é locutor na Rádio Bandeirantes AM.



domingo, 13 de julho de 2008

TOKUSATSU SONG!



A história dos tokusatsu song



Tudo começa nos anos 50, época que nasciam no Japão as primeiras produções tokusatsu ainda em preto & branco. A grande característica das músicas de heróis clássicos como Gekkou Kamen (1958), National Kid (1960) ou Akuma-kun (1966) eram as letras que basicamente exaltavam os heróis como defensores da paz e da justiça, quase sempre cantadas por coros infantis e com melodias simples e de fácil assimilação.




Na segunda metade dos anos 60, com o surgimento de séries como Magma Taishi (Vingadores do Espaço; 1966), Ultraman (1966) e Robo Gigante (1967), muitas das músicas passam a ser inspiradas em marchas militares, caracterizando bem a imponência dos guerreiros gigantes. Mas até ali as músicas de animes e tokusatsus não eram comercializadas, e só podiam ser escutadas nas exibições das séries na televisão.



Só no início dos anos 70 que ditas Anime Songs (gênero musical que compreende músicas de animes e também de tokusatsu) começariam a ser lançadas em LP, para alegria dos fãs.


Também no início daquela década, surgia Kamen Rider, produção baseada no mangá de Shotaro Ishinomori, a qual iria revolucionar não só o tokusatsu como também suas músicas.



Kamen Rider e seus sucessores contavam com as diferentes composições de Shunsuke Kikuchi e com vozes de grandes veteranos das Anime Songs como Ichiro Mizuki, Masato Shimon, Mitsuko Horie e Isao Sasaki. Os anos 70 pareciam ser mesmo uma década e tanto para as “Tokusongs”.


As séries contavam cada vez mais com uma maior quantidade de temas e as influências musicais iam aumentando, com destaque para o Rock e a Disco Music, estilo muito popular em todo o mundo naquele período. Por fim, em 1975 estreava Himitsu Sentai Goranger (Esquadrão Secreto Goranger), o primeiro Super Sentai da história. Mas nada é tão bom que não possa ficar melhor Eis que chegam os anos 80.


Os principais gêneros do tokusatsu eram representados pelas séries Ultraman 80 (1980), Kamen Rider Super 1 (1980) e Taiyou Sentai Sunvulcan (1981), essa última com suas músicas criadas por Chumei Watanabe, compositor conhecido pelas músicas de Mazinger Z (um dos animes de maior sucesso no Japão; 1972), Kikaider (1972), Inazuman (1973), Goranger (1975), JAKQ Dengekitai (1977), Spiderman (versão nipônica do super-herói americano; 1978), e inúmeros outros animes e tokusatsus.


O mesmo Chumei Watanabe seria o responsável pela parte musical de outro fenômeno que estrearia no ano de 1982: Uchuu Keiji Gavan (Policial do Espaço Gaban, como ficou conhecido no Brasil), percussor do gênero Metal Hero. O tema de abertura sob a voz poderosa de Akira Kushida é até hoje uma das músicas de tokusatsu mais lembradas pelos japoneses. Com Gavan, Watanabe deixaria os Super Sentai e passaria a trabalhar com os Metal Heroes.


Em 1985 faria toda a trilha sonora de Kyojuu Tokusou Juspion (o nosso Fantástico Jaspion), incluindo abertura, encerramento e o tema do Gigante Guerreiro Daileon, também na voz de Akira Kushida.


Ainda nos anos 80, as “Tokusongs” também receberiam influencias do Soul, do Pop (levemente), e até mesmo da música espanhola e do Jazz, nos casos respectivos de Kagaku Sentai Dynaman (1983) e Seiun Kamen Machineman (1984), este último graças ao renomado pianista Yuji Ohno Já na década de 90, com a consolidação do CD frente ao LP e com a febre mundial dos relançamentos de antigas músicas, muitas das canções de tokusatsu dos anos 50, 60 e 70 finalmente chegaram às mãos dos fãs, como, por exemplo, a abertura de National Kid, jamais lançada até então.


E mais surpresas estavam por vir. Em 1996, o Pop finalmente dá o ar da graça: o hit TAKE ME HIGHER, tema de abertura de Ultraman Tiga (na voz do grupo V6) se consagra como a primeira música de tokusatsu a alcançar o topo das paradas musicais nipônicas. A popularização das “Tokusongs” já era certa e crescente, mas mesmo com toda sua evolução ao longo de três décadas, algo parecia estar faltando.



Até 1999, as performances ao vivo das músicas de tokusatsu só eram realizadas em festivais específicos de Anime Songs realizados pelas gravadoras ou em apresentações dos cantores e bandas. Foi então que os mesmos produtores do show Super Robot Spirits (criado em 1998, contando exclusivamente com canções de animes de robôs gigantes) realizaram naquele ano o Super Hero Spirits, este 100% dedicado às músicas de tokusatsu com a presença dos próprios cantores dos temas.



O sucesso foi imediato e o show ganharia inúmeras edições que seguem até os dias de hoje. O Super Hero Spirits também pode ser visto como uma inspiração para shows nos mesmos moldes que viriam a acontecer nos anos seguintes fora do Japão.



E o maior exemplo disso é o Super Friends Spirits, que acontece durante o Anime Friends, o maior evento de anime/mangá/tokusatsu do Brasil, realizado anualmente desde 2003 em São Paulo. Dentre os artistas que já se apresentaram por aqui, podemos destacar Akira Kushida (Jiraiya, Jiban, Jaspion), MoJo (Goggle V, Machineman), Takayuki Miyauchi (Winspector, Solbrain) e Hironobu Kageyama (Changeman, Maskman).


Hoje em dia, especialmente no gênero Kamen Rider, vemos a presença maciça de verdadeiras celebridades da música Pop japonesa dando voz aos temas dos heróis, tais como ISSA, Nanase Aikawa e AAA. Mas o tradicional estilo das Anime Songs continua vivíssimo no tokusatsu.


E embora nós, fãs brasileiros, não possamos acompanhar na televisão as séries que tanto gostamos, ainda podemos sentir a nostalgia das antigas músicas e descobrir a beleza das novas, mantendo assim acesa a chama do tokusatsu no Brasil.


Hoje em dia, especialmente no gênero Kamen Rider, vemos a presença maciça de verdadeiras celebridades da música Pop japonesa dando voz aos temas dos heróis, tais como ISSA, Nanase Aikawa e AAA.


Mas o tradicional estilo das Anime Songs continua vivíssimo no tokusatsu. E embora nós, fãs brasileiros, não possamos acompanhar na televisão as séries que tanto gostamos, ainda podemos sentir a nostalgia das antigas músicas e descobrir a beleza das novas, mantendo assim acesa a chama do tokusatsu no Brasil.

VERSUS UMA BOA OPÇÃO!




Versus



As personagens do filme “Versus – A Ressurreição” não possuem nomes que as identifiquem, e apenas o herói da estória, interpretado por Tak Sakaguchi, tem uma breve referência como o “prisioneiro KSC2-303”. Tal poderá levantar dificuldades na leitura da sinopse, mas tentaremos dar o nosso melhor, como de costume.




Há 500 anos atrás, na “Floresta da Ressureição”, um jovem samurai luta contra um bando de zombies, conseguindo leva-los de vencida com a sua “katana”. A vitória não dura muito, pois o guerreiro depara-se com uma estranha personagem (Hideo Sakaki) que o assassina impiedosamente.


Tudo isto é assistido com atenção por outro samurai (Tak Sakaguchi). De volta ao presente, dois condenados fogem da prisão, e embrenham-se numa estranha floresta, tendo em vista alcançarem um grupo de yakuzas que os ajudem a completar a fuga.


Os gangsters esperam pelos foragidos, mas recusam-se a arredar pé, enquanto o chefe não chega. Um dos prisioneiros, “KSC2-303” (de novo Tak Sakaguchi), envolve-se numa altercação com os yakuzas, devido a uma rapariga (Chieko Misaka) que estes raptaram e decide, sem mais, fugir com ela pela misteriosa floresta.


Os yakuzas não se deixam ficar e resolvem ir no encalço dos jovens. Cedo o casal descobre que a floresta tem os seus tenebrosos segredos, encontrando-se infestada de zombies sedentos de sangue. O número de mortos-vivos aumenta exponencialmente, à medida que a matança grassa, e os falecidos acordam completamente alterados.


Quando o chefe Yakuza (outra vez Hideo Sakaki) finalmente chega ao local, segredos imemoriais começam a ser desvendados, e a verdade começa a vir à tona, estando intimamente ligada a um portal para um mundo paralelo que se encontra na floresta, e a um verdadeiro duelo imortal em que são intervenientes principais “KSC2-303” e o líder dos gangsters, constituindo a rapariga a chave essencial para a resolução da trama.


Com um misto de litros de sangue a jorrar, toneladas de violência gratuita, comédia q.b., zombies, uma floresta sinistra e misticismo a rodos, chega-nos um dos verdadeiros itens cinematográficos de culto do reino do sol nascente, “Versus – A Ressurreição”.


Sob a chancela do competente realizador Ryuhei Kitamura, responsável, entre outros, por “Aragami”, “Azumi, a Assassina” e “Godzilla: Final Wars”, obtemos um filme que nos deixa sem fôlego quase do princípio ao fim.



“Versus” tem o condão de congregar os amantes de vários estilos cinematográficos distintos, que vão desde o puro “gore”, a acção, as artes marciais, ao “chambara”, o oculto, etc. No entanto, devido à sua grande versatilidade e porventura a uma perigosa e pouco ortodoxa fusão de géneros, poderá afastar os mais tradicionalistas do seu visionamento.


Quanto a mim, tenho a dizer que agradou de sobremaneira! As cenas de luta são de ver e chorar por mais, quer se consubstanciem em trocas de golpes de espada ou de “pancada” à moda antiga (com auxílio de alguns guindastes admita-se), ou duelos infernais de tiroteio “à John Woo” em que as balas parecem nunca acabar. Não amiúde acontece tudo ao mesmo tempo, ou seja, katana, punhos, pés e balas!



Estamos pois, de certa forma, perante um verdadeiro “Gun-fu”, se me é permitida a designação. A caracterização das personagens encontra-se bastante boa, e só não vai mais além, pois em certos momentos podemos nos aperceber que estamos perante um filme que não teve um orçamento desafogado. Mesmo assim, os zombies estão aterradores quanto baste, e o dinheiro que havia deve ter ido metade para comprar litros e litros de sangue falso!


O guarda-roupa está muito “cool”, com o negro e o cabedal a marcarem a presença dominante, num registo que se assemelha a uma trilogia dos irmãos Wachowski que todos nós bem conhecemos. O cenário resume-se praticamente a uma floresta que parece ter sido retirada de “Blair Witch”, e que se assume como um fundo verdadeiramente claustrofóbico, apesar de ser um espaço aberto e ao ar livre.



A certa altura ficamos com a sensação que só existe a vegetação, as personagens e absolutamente nada mais! A banda-sonora consiste sobretudo em música electrónica, muito estilo “techno”, rápido o suficiente para acentuar as partes de acção. As melodias tradicionais marcam igualmente a sua presença, nos recuos da estória até ao Japão feudal.


Contudo, o realce aqui vai para os sons de fundo que acompanham o deambular das personagens pela “Floresta da Ressurreição”, que fazem aumentar o sentimento de reclusão e de suspense. O fim revela uma grande surpresa, e mais não digo! Este misto de “Evil Dead”, “Highlander”, “Matrix” e sei lá mais o quê, convém não perder!

LAST FRIENDS!






Last Friends



De um elenco de jovens atores com carreiras promissoras, chega-nos Last Friends, uma história nada diferente do que acontece nos dias de hoje. Aida Michiru (Nagasawa Masami) vive com a mãe, que acaba de trazer um homem para casa, e trabalha como assistente pessoal num salão de beleza onde é maltratada diariamente por uma das suas superiores.


Quando Michiru vai viver com o seu namorado Oikawa Sousuke (Nishikido Ryo), assistente social de apoio à criança, vê-se na companhia de uma pessoa totalmente diferente daquela que conhecia, tornando-se vítima de violência doméstica.


É assim que nos é apresentada a história, por um recuo no tempo, após termos visto uma Michiru grávida e a viver sozinha numa cidade litoral do Japão enquanto a ouvimos a escrever uma carta para a sua amiga Ruka.


Ruka (Ueno Juri) é amiga de infância da nossa protagonista, uma maria-rapaz que pratica MotoCross e espera um dia vir a ser tão veloz como os seus colegas do sexo masculino. Mas nem tudo é perfeito. Ruka carrega dentro de si um fardo demasiado pesado que nem à sua própria família ela tem forças para contar.


Last Friends é uma história de uns amigos que partilham a casa e se apoiam mutuamente, cada qual com os seus problemas, acompanhando as suas batalhas pessoais, que de outra forma poderiam ter tido um fim mais trágico.


Ao longo deste drama vamo-nos apercebendo dos dilemas psicológicos de cada personagem: como o namorado de Michiru, que apesar de acreditar ser a pessoa que mais a ama neste mundo, não consegue controlar os seus impulsos violentos, declarando que são apenas uma demonstração do seu amor; a indecisão de Michiru em abandonar ou não Sousuke, pois ainda nutre sentimentos por ele e insiste em afirmar que muito provavelmente é ele quem estará a sofrer mais no meio disto tudo;


Ruka, porque não se sente confortável com o seu próprio corpo e porque sente algo mais do que uma simples amizade por Michiru; Takeru (Eita) que tem aversão ao corpo feminino à conta de um trauma de infância e de Eri (Mizukawa Asami), que tem receio de ser abandonada pelos seus namorados.



É um drama que aborda problemas da nossa sociedade, um dos poucos que tenta retratar em profundidade temas como a violência doméstica e perturbação da identidade sexual.


É, principalmente, de valorizar as representações feitas por estes actores em papéis tão complicados. Aqui ganha destaque a de Ueno Juri, que é poderosa e destemida tal como a sua personagem, demonstrando um grande contraste com personagens interpretadas no passado, tendo como exemplo a personagem alegre e excêntrica de Nodame.


No entanto, a série peca um pouco por “arrastar” a história em alguns episódios, mas nada que se torne maçador a ponto de perder o interesse total pela história.



Foi sem dúvida o drama mais esperado e que mais deu que falar nesta Primavera (2008), sendo assim altamente recomendado para quem deseja uma história diferente do habitual mas 100% realista.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Jaspion e Changeman:Fenômenos da década de 80






Exibidos pela primeira vez na televisão brasileira em 1988, dentro do programa Clube da Criança (que era comandado pela hoje global Angélica), da extinta Rede Manchete, Jaspion e Changeman se transformaram em verdadeiros fenômenos.



O responsável pela vinda dos programas ao Brasil foi o empresário Toshihiko Egashira, fundador da Everest Vídeo (que depois mudou o nome para Tikara Filmes). Ele já trabalhava com filmes antes de licenciar séries para a TV. Era dono de uma locadora, a Golden Fox, que tinha em seu acervo fitas com programas que eram gravados diretamente da televisão japonesa - um serviço voltado para a colônia nipônica existente no bairro Liberdade, em São Paulo.



Os dois seriados pertencem ao gênero Tokusatsu (efeitos especiais), termo utilizado para categorizar séries do Japão. Existem vários sub-gêneros. Jaspion, por exemplo, pertence ao Metal Hero, que apresenta personagens com armaduras metálicas, enquanto Changeman é integrante do Super Sentai, constituído por equipes de super-heróis, geralmente com cinco membros, que se vestem com colantes coloridos.



A primeira parada dos justiceiros em solo nacional foi nas vídeo locadoras. As fitas sumiam rapidamente das prateleiras, e as produções abriram o mercado brasileiro para a chegada de outras séries da mesma linhagem.

Mais tarde, no comércio...



A febre de Jaspion e Changeman lotou o comércio com produtos inspirados nos heróis. No mercado editorial, a primeira investida foi da extinta Editora Brasil-América (EBAL). As bancas do Brasil foram invadidas por diversos gibis que reproduziam os episódios da TV e revistas com atividades recreativas.



Logo vieram as figurinhas da Bloch Editores (que também preparou uma fotonovela do herói de metal). O álbum, denominado Jaspion/Changeman era dividido, metade para figurinhas de Jaspion, e a outra para Changeman. Porém, uma parte era impressa ao contrário da outra. Era preciso virar o livro de ponta cabeça para colar os cromos.


Em todo o Brasil, o Circo Show fazia apresentações. O espetáculo onde atores encarnavam os personagens da televisão também foi impresso em figurinhas pela editora Santa Cromy, no livro ilustrado O Fantástico Show do Jaspion.



Houve ainda outros três álbuns: Hiper-man e os defensores da galáxia, da editora Agage, que apresentava os heróis com nomes trocados para não pagar direito autoral; Jaspion, (publicação pirata) que premiava os colecionadores que encontravam figurinhas premiadas nos envelopes e incluía na coleção, cromos de Changeman e outros personagens que não tinham qualquer ligação com estes, como He-Man e Thundercats; e um último, Jaspion / Changeman / Flashman, da Fábula Editorial.




Nos camelôs e padarias do país, o chiclete Bubblets, que vinha com figurinhas da turma (e também tinha álbum) era a sensação. E para completar a coleção de produtos - fantasias, máscaras, bonecos, armas de brinquedo, discos com as trilhas sonoras em português e até apontadores de lápis que reproduziam o capacete dos heróis.



O Trem da Alegria, principal grupo infantil da época, aproveitou a onda e gravou música inspirada nos guerreiros da TV. Já na década de 90, Jaspion ganhou gibi pela editora Abril. Com o cancelamento da publicação, passou a bater ponto com os Changeman e outros personagens na revista Heróis da TV. Também teve os quadrinhos dos Change Kids, versão infantil do esquadrão colorido.




Jaspion - A série de TV



Quando criança, Jaspion (interpretado por Hikaru Kurosaki, cujo nome real é Seiki) viajava com seus pais pelo espaço. A nave em que estava fez um pouso de emergência, e ele foi o único sobrevivente. Acabou sendo encontrado e criado pelo profeta Edin (Noboru Nakatani), que conseguiu traduzir a bíblia da via-láctea.



As escrituras diziam que o terrível demônio Sathan Goss estava prestes à despertar e espalhar o terror pelo universo. Com a ajuda da andróide Anri (Kiyomi Tsukada) e da monstrinha Miya, Jaspion viaja pelo universo, à bordo da nave Daileon (que se converte em um robô gigante de mesmo nome) caçando o vilão, que pretende criar na Terra o Império dos Monstros.




Chegando em nosso planeta, o herói sai em busca das cinco crianças irradiadas por uma luz mágica, oriunda do lendário pássaro dourado, que é temido pelo inimigo. A união do quinteto consegue evocar a misteriosa ave, que se transforma em uma espada gigante para Daileon - a arma definitiva para derrotar o vilão e restaurar a paz no universo.



No decorrer do programa, Jaspion enfrenta difíceis duelos com Mac Garen (Junichi Haruta / Mad Galant no original), filho de Sathan Goss, e conhece os amigos Nambara (o cantor Isao Sasaki), cuja filha foi apontada pela luz do pássaro dourado; e Boomerman (Hiroshi Watari), que teve o irmão assassinado por Mac Garen.



Foram produzidos 46 episódios e um especial para dvd (inédito no Brasil) que mostrava os melhores momentos da série e uma entrevista com os atores Kiyomi Tsukada, Junichi Haruta e Seiki Kurosaki. O seriado teve muito mais sucesso no Brasil do que no Japão.




Após o fim da atração, Kurosaki se afastou do meio artístico e chegou a trabalhar vendendo takayoki, (uma espécie de bolinho de polvo) no parque de Ueno, e depois se tornou instrutor de mergulho. Na década de 90, a Rede Manchete anunciou a estréia de Jaspion 2, mas o programa em questão não se tratava de continuação. Era a série Spielvan, que não apresentava nenhuma ligação com o Jaspion original. O novo título foi apenas uma jogada de marketing.



O seriado dos Changeman



Temendo que a ameaça do rei Bazoo, do Império Gozma, chegasse à Terra, o sargento Yu Ibucky (Jun Fujimaki) - um alien que, disfarçado de humano, busca vingar a extinção de sua raça, inicia um rigoroso treinamento entre jovens militares que nem desconfiam o motivo do árduo regime.



Durante um ataque das forças alienígenas, cinco pessoas lutam e resistem bravamente. O grupo é escolhido pela misteriosa Força Terrena, que emana sempre que a Terra está em perigo. O quinteto tem sus corpos envolvidos por uma luz e desenvolve poderes oriundos de animais lendários, formando o esquadrão Changeman.




São eles: o ex-jogador de beisebol Ryu Tsuruji (Haruki Hamada), que se transforma em Change Dragon e usa o uniforme vermelho; O mulherengo Sho Hayate (Kazuoki Takahashi, que na época assinava Hiroshi Kawai) - Change Grifon / preto; O brincalhão Yuma Ozora, que sonha em abrir um restaurante (Shiro Izumi) - Change Pégasus / azul; Saiyaka Nagisa, a cérebro da equipe (Hiroko Nishimoto) - Change Mermaid / branco; e a invocada Mai Tsubasa (Mai Oshii) - Change Phoenix / rosa.




Entre os veículos do esquadrão, está a Base Shuttle, uma nave que carrega em seu interior o jato Jet Changer 1, o helicóptero Heli Changer 2 e o tanque Land Changer 3, que ao serem combinados, formam o poderoso Change Robô.




Alguns vilões da série serviam ao imperador Bazoo por medo. O real objetivo era apenas reconstruir seus planetas destruídos pela guerra, como é o caso da princesa de voz masculina Shima (Yohko Tomita), da estrela Aman.



Antes de falecer, após travar um duelo mortal com Change Dragon, o pirata espacial Buba liberta a moça de um encanto, fazendo com que ela voltasse a ter voz de mulher.Como acontece em outros seriados do gênero, o monstro do episódio do dia morre pelo tiro de uma bazuca, mas acaba ressuscitando e tornando-se gigante, sendo destruído definitivamente pelo golpe certeiro de espada dado pelo robô da equipe.




Em Changeman, o responsável por ressuscitar os seres é Gyodai, uma criatura de um olho só localizado dentro da boca.



Com a proximidade da batalha final, a rainha Ahames (Fukumi Kuroda) descobre o Q.G. dos heróis e destrói tudo, mas acaba derrotada. Os Changeman rumam ao espaço à bordo da Base Shuttle. Ao descobrir que Bazoo era a projeção de um planeta vivo que rumava em direção à Terra, o esquadrão destrói o núcleo do vilão, restaurando a paz no universo.





Shima e o monstro Gata (que é casado e pai de dois filhos, de quem se separou devido à guerra espacial), antigos inimigos, e agora aliados, retornam aos seus respectivos planetas a fim de reconstruí-los. Junto com eles vão Gyodai, Ibucky e a garota Nana (Tokie Shibata), que desde criança presenciou o caos no em seu planeta natal, Techno Líquel. Os heróis voltam a ter vidas normais.



Changeman teve 55 episódios para TV e dois filmes para cinema. Os longas permanecem inéditos no Brasil. De todos os seriados do gênero, este é até hoje, um dos mais populares no Japão.

Fichas Técnicas:
JaspionTítulo Original: Kyoujyuu Tokusou JuspionTítulo traduzido: Investigador de Monstros Juspion (Juspion é abreviação de Justice Champion, que significa Campeão da Justiça)Título no Brasil: O Fantástico JaspionRoteirista: Shozo Uehara (principal)Trilha Sonora: Chumei WatanabeDireção: Yoshiaki Kobayashi e Akihira Tojo (principais)Produção: Toei Company Exibido originalmente na TV Asahi, de 15/03/85 a 24/03/86. No Brasil, foi ao ar nas redes Manchete, Record e Gazeta.





ChangemanTítulo original: Dengeki Sentai Changeman Título traduzido: Esquadrão Relâmpago ChangemanTítulo no Brasil: Esquadrão Relâmpago ChangemanRoteirista: Kunio Fujii, Kyoko Washiyama e Hirohisa Soda (principais)Trilha sonora: Tatsumi Yano e Katsumi OnoDireção: Takao Nagaishi (principal)Produção: Toei CompanyExibido originalmente na TV Asahi, de 02/02/85 a 22/02/86. No Brasil, foi ao ar nas redes Manchete, Record e Gazeta.



Jaspion e Changeman são autoria da equipe de criação da Toei Company, que usa o pseudônimo Saburo Hatte.