sexta-feira, 30 de maio de 2008

NATIONAL KID!




National Kid foi criado por Minoru Kisegawa, Juzo Umino, National Kid na verdade era garoto propaganda da empresa de eletrônicos NATIONAL (actual PANASONIC) o sucesso dos comercias foi tanto que a produtora TOEI (sendo esta a quarta série produzida pela TOEI na época) animou-se e decidiu levar a cabo uma série live-action com o personagem.

A sua estréia aconteceu a 4 de agosto de 1960 na TV japonesa permanecendo no ar por cerca de oito meses sempre com um episodio semanal diferente, a série não foi muito bem recebida pelos telespectadores, a série só chegaria ao Brasil em 1966 com seu lançamento na Rede Record de Televisão com sucesso imediato de público.

Foi a primeira série a usar ostensivamente o merchandising neste caso o da promoção das vendas dos rádios da Panasonic que eram presenças constantes nos episódios de Kid.

A série contava a história do professor Masao Hata (Ryusaku Hata, no original) um alienígena originário de Apha Centauri havia caído por engano no nosso planeta devido a um acidente, dotado de vários poderes ele tinha sido incumbido de acabar com as ameaças que se opunham a terra, mas Kid não sabia que ele não era o único alien no planeta.

Os seus mais perigosos inimigos eram os Incas Venusianos e os Seres Abissais comandados pelo malévolo Imperador Hellstar, que com seus planos ambicionavam a conquista do planeta, mas sempre eram rechaçados por National Kid.

Auxiliado por sua competente assistente Tiako (Naoko, no original), que o ajudava a cuidar dos seus alunos Goro, Yukio, Kura, Mari e Tomokiro que sempre acompanhavam Masao, as crianças com o tempo também ajudariam o protetor da terra investigando possíveis ameaças contra o planeta, mas se estivessem em perigo bastavam acionar um rádio sinalizador (claro que este tinha sido dado pelo National Kid a eles) e ele vinha prontamente tirá-los de todo e qualquer ameaça que se abatesse sobre eles.

Parte da série perdeu-se num incêndio que assolou o prédio da Rede Record em 1968, antigamente era um artigo de colecionadores e fãs, houve um relançamento de alguns episódios pela Sato Company em 1993 isso foi um acalento no coração de fãs também e antigos admiradores da série actualmente foi lançada uma DVD BOX com o primeiro ano da série e planos para um filme live-action com o personagem, mas uma batalha entre a Sony (detentora dos direitos de fabricação do rádio) e a Sato Company, impediram a realização deste filme, pois seria estranho vermos um rádio com o logotipo da Sony, e mais estranho seria vermos o herói mudar de nome de National Kid para Sony Kid. Falam que a DISTRIBUIDORA PLAYARTE TEM INTERESSE DE TRAZER A SÉRIE PARA O BRASIL! VAMOS TORCER!

INFRAMAN







Inframan

Cenas de luta, monstros ridículos, efeitos especiais caseiros, cenários de baixo custo são algumas das caracteristicas dos filmes de ficção cientifica feitos à moda antiga. Foi com este "ambiente" que nasceu Inframan, uma resposta do cinema de Hong Kong face aos heróis clássicos e populares japoneses dos anos 60.

Realizado por Hua-Shan e produzido pelos estúdios mais conhecidos de Hong Kong e a primeira empresa mundial a entrar no universo dos filmes de kung-fu no ano de 1975, nasce um herói vestido de vermelho apelidado de Inframan e que não é mais do que um clone "descarado" de Ultraman. Com o título original de "Jung Gwok Chiu Ya", este filme é também conhecido no ocidente por: Chinese Superman, Infra Superman ou Inframan e é referido como tendo sido o primeiro filme de super-heróis chinês de sempre. Uma grande mistura de kung-fu, monsters de borracha e efeitos especiais dos anos 70.

Não impressionando pela originalidade, a história conta-nos a chegada da Princess Dragon Mom (interpretrada pela bonita Terry Liu) ao planeta azul e a tentativa de dominá-lo. Para contrariar esta situação e o professor Chang (Hap Wong, um actor com uma vasta carreira no cinema asiatico) e a sua equipa científica desenvolvem uma experiência para atribuição de super-poderes a humanos.

Servindo de cobaia para as experiências do professor, Rayma adquire habilidades extraordinárias, uma enorme quantidade de stamina e um arsenal grande de armas lazer, para combater a invasão extraterrestre. Um réptil gigante do ataca uma paragem de autocarros de uma escola! Um terremoto terrível agita a terra! Hong Kong é destruída pelo fogo e a aparição de um castelo de pedra na montanha não são situações normais.

Há somente uma esperança para humanidade: Inframan! Ao longo de hora e meia, o personagem principal Rayma interpretado por Li Hsiu-Hsien (que além de ser actor também é realizador e produtor), é "obrigado" a lutar contra oito temerosos e horríveis monstros. Por entre raios-lazer, botas com jactos de fogo e transformações até ficar gigante! Todos os estilos dos principais Tokusatsu estão presentes na produção da Shaw Brothers, isto porque os estúdios Ekisu Production, estiveram envolvidos no filme dando uma ajuda no guarda-roupa e nas fantasias dos personagens bizzaros. Tang Chia, é outro dos nomes intimamente ligado às produções da Shaw Brothers.

Ele foi o responsável pelas coreografias das artes marciais neste filme que neste caso não primam pela espectacularidade ao contrário de outros filmes em que ele esteve envolvido. Minimalistas, pouco inventivas e repetitivas são as coreografias deste "super-homem chinês".

Apesar de não ser uma produção japonesa, Inframan merece um destaque nesta área do Tokusatsu, visto que é uma verdadeira pérola cinematográfica chinesa. Além disso tem todos os ingredientes para agradar aos fãs Ultraman pelos efeitos especiais e aos fãs de Jackie Chan pelos seus malabarismos e coreografias.

ICHI RITORU NO NAMIDA!



Ichi Ritoru no Namida


O facto de eu estar viva é uma coisa tão encantadora e maravilhosa que me faz querer viver mais e mais.... É como termina o diário de Aya Kito (1962-1988) e que já conta com mais de 18 milhões de exemplares vendidos e rapidamente tornou-se num best-seller. Não foi preciso esperar muito tempo para que a versão televisiva aparecesse e mais tarde passar para o grande ecrã.

O diário relata a luta constante de Aya contra a doença rara que contraiu e que foi diagnosticada bastante cedo. Aya Ikeuchi (Sawajiri Erika), é uma rapariga colegial de 15 anos e filha de uma família de comerciantes de tofu. É com esta idade que Aya começa a ver a sua vida a mudar apesar de inicialmente não dar grande importância às situações anormais que lhe vão acontecendo. Mas ao aperceber-se disto Shioka Ikeuchi (Yakushimasu Hiroko), a mãe de Aya pedelhe que consulte um médico para ser examinada.

O médico informa Aya que ela sofre de ataxia, uma degeneração espinocerebral que detereora o cerebro até ao ponto de não poder andar, falar, escrever ou mesmo comer, no entanto a memória como a mente não são afectadas.

A partir deste dia começa uma luta desesperada da família e amigos, em especial o namorado Asou Haruko (Nishikido Ryo), filho de um médico ben conceituado e que apesar de ter uma visão bastante negativa da vida, não desiste de procurar também ele uma possibilidade de cura para Aya.

O que torna este dorama especialmente profundo e sério é a normalidade com que Aya reage á notícia da sua doença, sabendo que mais cedo ou mais tarde as suas forças mentais e físicas vão gradualmente se deteriorando ao longo da sua vida (no dorama).


A interpretação de Sawajiri Erika é brilhante. Nunca imaginei que ela conseguisse interpretar um papel desta dimensão, isto porque os jovens actores/actrizes japoneses não choram na televisão (talvez por não o saberem fazer naturalmente).

Mas Sawaji sim e indiscutivelmente adiciona uma verdadeira carga emocional ao seu desempenho no dorama. O mesmo veio a acontecer no ano seguinte em que Sawajiri entra num novo dorama “Taiyou no Uta”com actriz principal e também aqui desempenha brilhantemente o seu papel.

A banda sonora ficou a cargo de K com o tema Only Human e Sangatsu Kokonoka dos Remioromen. Com o título original de “Ichi ritoru no namida” (Um litro de lágrimas, em português) este dorama foi transmitido na Fuji TV no ano de 2005 e é possivelmente o dorama mais triste que eu já vi.

Para ser sincero ao ver este dorama derramei muito mais de que um litro de lágrimas e fez-me olhar para a vida de uma outra forma. Em resumo, “Ichi ritoru no namida” é um dorama obrigatório para todos os que gostam deste formato televisivo.