domingo, 27 de abril de 2008

ANTES DE SER EXIBIDO....




Antes de ser exibido o especial DEN-O X SHIN-CHAN! Houve, muitos comerciais para promover o episódio!

MAIS QUE UMA PRATICIPAÇÃO!






DEN-O:PARTICIPAÇÃO ESPECIAL NO ANIME SHIN-CHAN!






Com o objetivo de promover o filme do Kamen Rider DEN-O, fizeram o personagem aparecer em um episódio de Shin-chan. O Shin-chan é um moleque pra lá de filho da puta, muito engraçado o anime e seu mangá é hilário, uma pena que no Brasil tenha sido cancelado (mas também, daquela editora porca da Panini, a pior editora de mangás do país, não poderia esperar outra coisa). Aqui tenos o Owner comendo o Chahan, feito pela Naomi, enquanto ele narra a introdução do episódio. O engraçado é que ele erra na fala. Ao invés de fazer a tradicional narração “Toki no Ressha Denliner, Tsugi no Eki wa Kakô ka, Mirai ka...”, ele faz a narração do programa “Sekai no Shasô kara”, um documentário sobre trens de todo o mundo, exibido pela TV Asahi aos sábados. Por curiosidade, o ator Kenjirô Ishimaru (Owner) narra esse programa há vinte anos! Reparem na paródia do título também!Vejam como ficou uma gracinha a Naomi, versão anime. E o Momotaros, ficou igualzinho ao seriado.Aqui temos a Hana-san e o Ryôtarô Nogami. Ao lado, o Shin-chan, desesperado para entrar no banheiro, mas...Olha só onde foi aparecer! Esse Ryôtarô é azarado até em anime! Ao lado, Shin-chan se apresenta e diz que o seu trem preferido é a linha Tôbu-Isesaki Sen. Por curiosidade, Tôbu-Isesaki é uma linha aqui da província de Gunma. Eu sempre pego essa linha para ir da estação de Tatebayashi (Gunma) a Kuki (Saitama). Bom, mas deixa pra lá, ninguém vai saber mesmo como são os trens no Japão...Olha a cara do Momo, quando o Shin-chan confunde (de propósito) o nome imagin com “himajin”. Sabem o que é “himajin”? Uma pessoa desocupada. Ao lado, o lendário imagin BuruBuriZaemon (?), evocado pelo Momotaros.Shin-chan aproveita o momento em que Ryôtarô vai se transformar e gruda nele. Assim, Shin-chan também acaba se transformando. Ao lado, a apresentação dos dois: DEN-O: Ore, Sanjô! & SHIN-O: Ora, Sanjô! Bom, todo mundo já sabe a diferença, não?

MY GIRL!


Título Original: My Girl. Título Nacional: My Girl. Episódios: 16 eps. Época: 2005. Estilo: Romance e Comédia. Origem: Coreano.

Sinopse: Nessa história você conhecerá Joo Yoorin, uma guia turística que trabalha na Ilha Jeju, e que tem um pai viciado em jogos. Então, seu pai foge e deixa para ela pagar suas dívidas com os jogos. Certo dia, fugindo dos cobradores da dívida, ela acaba conhecendo Seol Gongchan, o dono da rede de hóteis Avenuel, que esta procurando por uma prima desaparecida ...

Elenco: Lee Dong Wook...Seol Gong-chan Lee Da Hae...Joo Yoo-rin Lee Joon Ki...Seo Jung-woo Park Si Yeon...Kim Seo-hyun Jo Kye Hyung...Ahn Jin-kyu Hwang Bo Ra...Ahn Jin-shim Lee Eon Jeong...Yoon Jin-kyung Byun Hee Bong...Seol Woong (avô Gong-chan) Kim Yong Rim...Jang Hyung-ja Ahn Suk Hwan...Jang Il-do Choi Ran...Bae In-sun Jung Han Hun...Joo Tae-hyung Han Chae Young...Choi Ha Na Jae Hee...marido de Choi Ha Na!

MEU DORAMA PREFERIDO!






Já circula na Internet o live action Melhor Garotos do que Flores (Hana Yori Dango), uma das produções de maior sucesso do canal japonês de TV TBS. Chamado pelos fãs de J-drama, o pequeno seriado de nove episódios, com cerca de cinqüenta minutos de duração cada, bateu recordes de audiência quando exibido na TV aberta do Japão. Agora, através da Internet, o romântico seriado teen vem arrebatando fãs no mundo inteiro, e todo este sucesso já garantiu a produção da segunda temporada que deve estrear em janeiro de 2007 na Terra do Sol Nascente.
A estória se passa, em grande parte, em uma escola particular japonesa freqüentada por filhos de ricas famílias nipônicas. Quatro delas, em especial, são grandes contribuintes do colégio e, por este motivo, seus herdeiros Doumou Ji Tsukasa (Matsumoto Jun), Mimasaka Akira ( Abe Tsuyoshi), Nishikado Souijiro ( Matsuda Shota) e Hanasawa Rui (Oguri Shun), têm privilégios que os demais alunos não têm. Incluem-se nessas vantagens mesas reservadas na luxuosa cantina; assistirem as aulas somente quando quiserem; não usar uniformes; e, até mesmo, dar ordens aos professores. Os quatro belos rapazes se autodenominam F4 (Flower 4), por isso são os garotos mais preciosos e populares do colégio.
Mas, estudando no mesmo período que eles, Makino Tsukushi (Inoue Mao), uma garota de origem humilde, passa a freqüentar a mesma escola. Para poder arcar com as despesas, sua família sacrifica lazer e conforto, vivendo precariamente. A partir deste ponto, a trama se desenrola de uma maneira dinâmica, divertida e cheia de emoção. O grupo F4, liderado por Tsukasa (Matsumoto Jun), costuma enviar cartões vermelhos àqueles que de alguma forma os degradam. Os que recebem o cartão sofrem humilhações em público e, envergonhados, deixam o colégio. Extremamente insatisfeita com os desmandos dos quatro rapazes, Makino decide enfrentá-los na frente de todos os alunos, dando início a um conflito que nem mesmo ela poderia imaginar as dimensões.


Apesar de utilizar atores principiantes como protagonistas e triângulos amorosos clichês, Yoko Kamio, autora do mangá no qual a série foi baseada e uma das roteiristas da adaptação para TV, através de um conciso e inteligente texto, consegue transformar uma estória comum em algo singular e comovente: a cada capítulo o telespectador é surpreendido por atitudes que somente um verdadeiro amor poderia ocasionar. Renúncia, confiança e otimismo são sentimentos sempre presentes que nos envolvem e nos fazem vibrar a cada momento feliz vivido pelos personagens. E a série ainda nos revela novos talentos, como o cantor pop e, agora ator, Masumoto Jun, que se mostra um excelente comediante ao longo dos episódios, e a jovem atriz, Inoue Mao, que deu nova vida à mocinha romântica moderna; juntos, Jun e Mao formam o carismático casal protagonista do seriado.
Com uma exuberante fotografia, a trama segue com seus conflitos e lições de moral. Apesar de alguns “amigos” invejosos e da perversa mãe de Tsukasa estarem sempre criando problemas para o jovem casal da estória, os grandes antagonistas são os próprios sentimentos dos personagens, sempre lhes pregando peças. Makino, que, inicialmente, pensava amar Rui, na verdade ama Tsukasa, a quem odiava. Tsukasa, definido como “teimoso, estúpido e arrogante”, por Makino, mostra-se um homem gentil, apaixonado e um amigo leal. E Rui, finalmente, conquista a bela Toudou Shizuka (Sada Mayumi), seu amor de infância.

A versão em português, que pode ser encontrada na Internet através do Fansub #Jdrama no mIRC, foi traduzida e legendada pelos próprios fãs. Revela assim, que o sucesso da série se deve não somente aos esforços dos atores e da produção, mas também, ao respeito e apoio que o público tem dedicado ao trabalho. Ressaltando valores como amizade, cumplicidade, arrependimento, lealdade e amor, a série Melhor Garotos do que Flores conquistou merecidamente seu espaço. Afinal, encontrar um grande e verdadeiro amor, ainda é o sonho secreto de qualquer pessoa! E, logo será exibido na programação do Intercâmbio Animangá!

DECADÊNCIA OU NÃO DOS METAIS HEROES?



O ano de 2008 completa exatamente, a infeliz marca de 10 anos desde o último lançamento de uma série Tokusatsu do gênero Metal Hero na TV japonesa. Até hoje, as causas do abandono da franquia por parte da TOEI, a maior produtora de seriados de ação do Japão, nunca foram totalmente explicadas, mas o que mais se especula a respeito, são os óbvios motivos financeiros que fazem a empresa nipônica se nortear atualmente, para produzir qualquer Tokusatsu ou Anime que seja em seus estúdios.
Os Metal Heroes (ou “Heróis Metálicos”) foram o terceiro gênero de Tokusatsu de maior sucesso produzido pela TOEI. A franquia começou a ser produzida logo após o estrondoso sucesso dos Super Sentais, e dos Kamen Riders, que já possuíam produção própria desde a década de 70. Os heróis metálicos tiveram uma proposta inicial de apresentar um estilo diferente de herói, que lutava sozinho e contava com a ajuda de poucos aliados para combater o mal. A fórmula foi bem sucedida em seus primeiros anos, e o impacto causado entre o público fã de seriados no Japão foi quase instantâneo. A temática das séries foi completamente diferente do que os Sentais apresentavam até aquele momento, e se identificava um pouco mais com os Kamen Riders, que de certa forma também eram guerreiros solitários.
Durante seus 17 anos de produção, os Metal Heroes puderam experimentar diversos tipos de seriados, que abordaram temáticas das mais diversas, desde policiais vindos do espaço, até mesmo ninjas. Por isso, o gênero é dividido em subgêneros, para melhor análise histórica dos seriados e do sucesso da franquia. Basicamente, os subgêneros dos Metal Heroes podem ser classificados em: Trilogia dos Policiais do Espaço (Utchuu Keiji), Space Heroes, Individual Heroes, Trilogia dos Rescue Heroes, Police Heroes, e as séries B-Figther. Neste artigo, irei abordar um pouco cada subgênero, e recordar assim um pouco da história desta franquia bem sucedida do Tokusatsu mundial.
Os Metal Heroes começaram sua trajetória no ano de 1982, com o lançamento da Trilogia dos Policiais do Espaço (Utchuu Keiji). A trilogia contava a história da Policia Espacial, que combatia criminosos galácticos em vários planetas do universo. O primeiro policial do espaço produzido pela TOEI foi Gyaban, e o sucesso da série foi quase imediato. A série rendeu boa audiência em Tóquio, o que fez a empresa rapidamente produzir sua seqüência em 1983, Sharivan. O sucesso de Sharivan foi estrondoso, principalmente devido as constantes aparições de Gyaban ao longo de sua série (os chamados “Crossovers”). A TOEI viu que os Metal Heroes rendiam bons lucros, e decidiu “esticar” ainda mais a trama da Policia Espacial. Assim, em 1984, era exibido na TV japonesa Scheider, encerrando a Trilogia dos Policiais do Espaço. O orçamento usado em Scheider foi altíssimo para os padrões TOEI da época, mas a série não rendeu o sucesso esperado, se tornando o primeiro fracasso dos Metal Heroes. Ainda assim, a empresa cogitou a produção de um quarto Metal Hero, o que foi abandonado após a total rejeição dos fãs, ao enredo dos Policiais do Espaço que já estava desgastado.
Gyaban (1982) e Sharivan (1983): Sucesso Gigantesco e Febre em Tóquio.
Em 1985, a TOEI precisava de algo novo para prosseguir a produção dos Metal Heroes. O subgênero dos Policiais do Espaço já estava desgastado depois do sucesso de Gyaban e Sharivan e do fracasso de Scheider, no ano anterior. Surgiram então os Space Heroes, heróis vindos de outros planetas do espaço, mas sem ligação nenhuma com a policia espacial. As séries Space Hero também não tinham ligação entre si, como suas antecessoras. O primeiro Space Hero produzido pela TOEI foi Jaspion, que assim como Scheider, não teve grande sucesso em Tóquio, em boa parte por ter tido um baixo orçamento (já que o investimento de Scheider quase esgotou os cofres da TOEI), e por se parecer demais com os antigos policiais do espaço. Em 1986, foi produzido Spielvan, que como Jaspion também não emplacou.
Scheider (1984), Jaspion (1985) e Spielvan (1986). As 3 séries foram decepções de audiência no Japão, mas algumas emplacaram no Brasil, como Jaspion.
1987 chegou e a TOEI decidiu abandonar a temática espacial e investir em Metal Heroes diferentes. Surgiram então os Individual Heroes, heróis com histórias diversas, e sem nenhuma ligação entre si. Assim, foram exibidos em Tóquio, Metalder (1987), o guerreiro máquina programado para combater o Imperador Neroz; Jiraiya (1988), o guerreiro-ninja protetor de “Paco”; e Jiban (1989), o policial de aço que combatia o crime e a organização Biolon. As 3 séries tiveram boa receptividade e audiências melhores que Jaspion e Spielvan.
Os anos 90 trouxeram ainda mais mudanças entre os Metal Heroes. Em 1990, estréia no Japão, Winspector, uma série voltada para o cotidiano japonês, e mostrando um estilo diferente de herói, que cuidava do Resgate e Solução de problemas da população japonesa. Começava então a segunda Trilogia dos Metal Heroes: os chamados Rescue Heroes (ou “Heróis de Resgate”), que formavam esquadrões de apoio e salvamento.

Em 1991, Solbrain e em 1992 Exceedraft formaram o trio de resgate dos Metal Heroes. A audiência das séries foi razoável, sendo considerada boa em Winspector e diminuindo em suas seqüências.
Rescue Heroes: Winspector em 1990, e Exceedraft (1992),
marcaram uma nova era entre os Metal Heroes, com heróis de resgate e salvamento.
Em 1994, a temática policial continuou em evidência, mas os Metal Heroes passaram de equipes de resgate para esquadrões policiais propriamente ditos, com maior autoridade e um pouco mais de ação e energia em suas investidas. Esse período ficou conhecido como Police Heroes (Heróis Policiais), e foi representado por apenas 2 Tokusatsus: Janperson (1993) e Blue Swat (1994). O sucesso mediano de ambas as séries fez a TOEI começar a pensar se realmente valia a pena prosseguir com a produção de Metal Heroes. Estava claro que os Metal Heroes estavam em queda há mais de 5 anos.
Os anos que se seguiram, foram os últimos dos heróis metálicos na TV japonesa, e marcaram a era B-Fighter, heróis baseados em tecnologia e poderes de Insetos para combater poderosos alienígenas. B-Figther (1995) e B-Fighter Kabuto (1996) foram as duas séries representantes desse subgênero. O sucesso foi discreto, e comprovou que os Metal Heroes já não faziam o mesmo sucesso entre os fãs, como fizeram até o ínício dos anos 90. Isso fez com a TOEI numa última tentativa de resgatar a franquia dos Metal Heroes, voltasse as produções para o público mais infantil, com histórias mais simples e menos dramáticas. Assim, foi produzido em 1997, Kabutack, e em 1998, Robotack, que contava a história de um cão-robô que também era um detetive. Foi a última produção oficial de um Metal Hero. No ano seguinte (1999), a TOEI aposentou a franquia dos Metal Heroes e decidiu investir mais no Super Sentai, gênero que voltou a se reerguer nos anos seguintes.

No Brasil, os Metal Heroes foram incontestavelmente os heróis de maior popularidade na TV, durante o auge do Tokusatsu no final dos anos 80 na TV aberta. A partir da febre de Jaspion em 1988, muitas outras séries foram exibidas pela extinta TV Manchete e em outros canais abertos como a TV Bandeirantes, a TV Globo e a CNT Gazeta. Podemos destacar como sucessos na TV nacional, Jiban, Jiraiya, e Sharivan, além é claro das exibições de Gyaban, Scheider e Metalder. Muitos fãs brasileiros de Tokusatsu acreditam que os Metal Heroes tenham sido incorporados ao gênero Kamen Rider, que atualmente possuem um verdadeiro arsenal de armas e equipamentos metálicos e tecnológicos pertencentes ao antigo subgênero. Todavia isso nunca foi confirmado pela TOEI.
Recentemente, foi divulgado em Tóquio, a produção de uma Série Tokusatsu nos mesmos moldes dos Rescue Heroes Winspector e Solbrain. A série se chama-se Tomica Hero Rescue Force e está sendo produzida pelos mesmos criadores da série Ryukkendo, que já estreiou no Japão. Seria mais uma esperança para os fãs dos Metal Heroes, que não acompanham há mais de 10 anos, nenhum lançamento desse gênero tão querido e popular entre os fãs brasileiros de seriados japoneses.

OS SENTAIS ESTÃO SE TORNANDO MUITO INFANTIS?







Há algum tempo, os fãs de Tokusatsu brasileiros vêm presenciando um fenômeno curioso com o gênero Super-Sentai e suas séries, lançadas anualmente: as séries atraem cada vez mais, públicos de idades menores.
A discussão a respeito da infantilização dos Super-Sentais já é antiga e famosa, entre os tokufãs brasileiros (e provavelmente mundiais). A cada série lançada, percebe-se uma mudança de características e tendências que fizeram do Super-Sentai, um dos gêneros mais populares de Tokusatsu em todo mundo. Essas inovações desagradam em grande parte, camadas de fãs mais saudosistas, que discordam das políticas de produção dos seriados lançados atualmente. Por outro lado, as novas séries Sentais agradam cada vez mais, adolescentes, jovens em idade escolar, e crianças em geral, que não puderam ter contato com os seriados Tokusatsu no auge da TV aberta nacional, e por isso, alcançam os programas através dos novos meios de propagação em massa (Internet, TV por assinatura, DVD´s).
Em meio ao fogo cruzado de interesses entre públicos tão diferenciados em relação ao gosto pelo gênero Super Sentai, a pergunta base desse artigo produz cada vez mais curiosidade. Afinal…O que está ocorrendo com as séries Sentai? Porque a idade do público telespectador de Sentais está cada vez mais baixa? Seria possível, que as séries Sentai estivessem se tornando mais…infantis?
O leitor já pode ter uma opinião própria formada a respeito desse assunto, que como já citei, não é inédito. Mas as respostas a esses questionamentos não estão contidas apenas em uma única justificativa. Para que se possa fazer uma análise justa e ética, é preciso abordar um pouco a história do gênero Sentai, e sua atual situação na TV japonesa.
O gênero Sentai, foi criado pela TOEI no final da década de 70 (1976, mais exatamente). É um dos gêneros de Tokusatsu mais antigos das telas japonesas, sendo superado em idade, provavelmente apenas pelo gênero Ultraman, produzido inicialmente a partir do final dos anos 50, e início da década de 60. A primeira série Sentai exibida pela TOEI nas telas do Japão foi Goranger.

A revolução foi imediata. Todos os seriados Tokusatsu exibidos até meados da década de 70, giravam em torno de apenas um herói principal, que fazia uso de seus poderes de maneira solitária. O gênero Sentai foi criado como uma forma de variação das séries Tokusatsu, onde vários heróis podiam lutar em prol da justiça juntos, formando uma equipe coesa e corajosa. Diferenciava-se de tudo que existia em matéria de heróis e seriados até aquele momento. O sucesso de Goranger nas telas nipônica fez com que a TOEI investisse na produção de outras séries Sentai, ainda no final da década de 70, e inicio de 80. Por isso, foram lançadas em seqüência, JAKQ (1977), Battle Fever J (1979), Denziman (1980) e Sun Vulcan (1981), todas com grande aceitação. Logo o público japonês já estava adaptado com o novo estilo de seriado Tokusatsu, onde os heróis vestiam-se com uniformes coloridos e diferenciados, e possuíam características distintas entre si. A união fazia a força em uma equipe Sentai (literalmente). Não havia espaço para egoísmos e individualidade, no time de heróis, pois todos lutavam em prol do mesmo objetivo (mesmo que de formas diferentes às vezes): a paz na terra.O sucesso das séries Sentai, deu impulso a toda a programação de Tokusatsu da TOEI, que mais tarde viria produzir novos gêneros de programação, como as séries Metal Heroes. As equipes de heróis coloridos viraram febre nas telas japonesas, e começaram a ser produzidas anualmente, sem interrupção. Logo passaram a ser comercializadas para o Exterior, vindo para o ocidente rapidamente.
Os Changeman em ação com sua Power Bazuca: sucesso de audiência no final dos anos 80.
As séries Sentai chegaram ao Brasil no final dos anos 80. Foram exibidas em nosso país apenas 4 seriados (Goggle V, Changeman, Flashman e Maskman), que ficaram no ar na TV aberta entre os anos de 88 e 99, variando entre canais como a TV Manchete, TV Bandeirantes, TV Record e CNT Gazeta. O sucesso dos esquadrões coloridos em nossas terras foi estrondoso, principalmente no que diz respeito a Changeman e Flashman. A televisão brasileira foi sacudida por um tipo de programa nada convencional para seus padrões, e o sucesso entre o público infantil da época (hoje em sua maior parte adulto) foi quase instantâneo. Em todo mundo, as séries Sentai fizeram relativo sucesso quando foram exibidas, como nos EUA, e principalmente na França, onde Bioman teve grande popularidade.

O volume de seriados Sentai produzidos, como já foi dito, passou a ser anual, e assim a quantidade e variedade de temas para cada equipe começou a crescer vertiginosamente. Esquadrões que lutavam contando com a ajuda de poderes diferenciados passaram a ser cada vez mais comuns. O uso de técnicas específicas como a Força Terrena em Changeman, o Poder dos Prismas e Planetas em Flashman, ou a Aura Mask em Maskman, se tornaram algo comum entre as equipes.
A partir da metade da década de 90, a empresa americana SABAN Entertainment passou a negociar direitos de comercialização das séries Sentai junto a TOEI. Os acordos eram simples: as séries começaram a ser vendidas a SABAN, que fazia uso de quase todas as cenas de ação e batalhas com robôs, e improvisava o restante da produção com uma equipe de atores americanos. Nascia então, a mais famosa adaptação dos seriados Sentai no planeta: Power Rangers. Foi um marco na história dos seriados Super Sentai (querendo ou não). Tudo passou a ser encarado de uma forma distinta.
O SENTAI:Zyuranger (1993) a série foi vendida e adaptada, para dar origem a 1ª Temporada de Power Rangers nos EUA.Durante o final da década de 90, as séries Sentai deixaram de ser exibidas no Brasil, e foram substituídas pelas temporadas regulares de Power Rangers, na TV aberta, que exibiam quase simultaneamente suas versões adaptadas dos seriados Sentais exibidos em Tóquio. Assim, enquanto a cada ano era exibida uma temporada Sentai nas telas japonesas, uma temporada PR (Power Rangers) era exibida em nosso país.
Go Go Five (1999) que nos EUA ficou conhecido como “Power Rangers Lightspeed” (”Power Rangers: O Resgate”, no Brasil).
Em 2001, a SABAN foi vendida a Disney, após enfrentar série crise financeira, vindo a finalizar a produção da temporada Power Rangers Força Animal (Gaoranger, no original japonês). A Disney consolidou definitivamente o acordo financeiro que a SABAN tinha com a TOEI, fechando contratos de compra de seriados Sentai anualmente, a valores exorbitantes (e não divulgados), e dando assim continuidade a produção das temporadas PR.
Chegamos agora ao ponto principal do debate. As séries Sentais estão ficando infantis, ou essa opinião apenas varia de acordo com a idade do telespectador?
Depende do ponto de vista em que são analisadas.
A partir do instante em que os Sentais começaram a ser negociados com os EUA, e as séries Power Rangers começaram a ser produzidas, uma mudança de política ocorreu sobre o produto comercializado (Sentais). A censura na TV americana é bem maior e mais agressiva que na TV japonesa, em relação aos programas considerados “infantis”. Power Rangers faz parte de um conjunto de programas televisivos considerados “infantis” pelo sistema de mídia televisiva americana; por isso, é natural que sofra cortes e adaptações de várias formas, de acordo com a cultura em que é exibida (no caso, a americana). Uma vez censurada, e ainda estando sob comercialização de empresas americanas e japonesas, as séries Sentais passaram a sofrer mais influência no que diz respeito a seu conteúdo. Sendo adaptadas e exibidas na TV americana, os seriados coloridos passaram a ter de ser mais “adaptáveis”, “fáceis” de serem “trabalhados” pela Disney, sua atual compradora. Para poderem ser perfeitamente moldadas ao estilo de cultura norte-americano, as séries Sentais produzidas pela TOEI tiveram de ser mais “supervisionadas” em suas próprias versões japonesas; assim, torna-se mais fácil suas adaptações para a produção das temporadas Power Rangers, já que sendo mais “inocentes” o número de cortes e o volume da censura tornará-se menor nos EUA.
Dessa forma, chega-se a uma resposta para a pergunta inicial desse artigo: SIM. As séries Sentai, estão de certa forma, não infantis, mas mais amenas, em seu conteúdo. Já não há mais a carga de drama e ferocidade que se assistia nos Sentais dos anos 80 e 90, por exemplo, onde os heróis sofriam de formas mais explícitas e comoventes. As séries Sentais atualmente investem em diretrizes diferentes, que não trilhem caminhos tão dramáticos. É comum, encontrar-se tons de comédia nas equipes de heróis, com pitadas de humor pastelão e tons de enredo já repetitivos. O próprio perfil dos atores modificou-se: baixou-se a faixa etária dos integrantes das equipes. Não se busca mais atores maduros e experientes, como nos anos 80. A “moda” da vez é investir-se em atores adolescentes, e novos no mercado de TV japonês, que representem o público infanto-juvenil e consumista de Tóquio, capaz de comprar produtos do seriado nas lojas do país.
Atores jovens, e quase adolescentes, formando a nova tendência do mercado japonês.
Toda a lógica de produção dos Super Sentais modificou-se. Em parte devido aos acordos comerciais realizados entre EUA e Japão…em parte devido a própria mudança na evolução do tempo. Não se vive mais os anos 80.Todavia, isso não quer dizer que se deva eleger Power Rangers como “o vilão” da história, pelo fato dos Sentais estarem mais brandos ou amenos em seus conteúdos. É inegável o fato de que Power Rangers contribuiu e ainda contribui para a mudança no caráter dos Sentais na atualidade. Mas as próprias séries japonesas ainda guardam seus pontos fortes, principalmente no que diz respeito ao caráter e a formação educativa do enredo e de seus personagens, seja japonês (Sentais) ou americanos (Power Rangers), apesar das diferenças lógicas de cultura.
A série BIOMAN não foi exibida no Brasil, mas ficou famosa pelas cenas “violentas” e fortes e mudanças no visual da equipe, características típicas dos anos 80.
São essas diferenças que fazem milhares de jovens, adolescentes e crianças, que acompanharam as temporadas de Power Rangers quando mais jovens, procurarem as versões originais das séries Sentais atualmente, seja pela Internet, por TV por assinatura, ou mesmo DVD´s. A curiosidade em relação ao que parece ser algo bem mais abrangente, leva esse público mais jovem a engrossar as filas de fãs de Tokusatsu que nascem a cada dia no Brasil e no mundo. Por isso, a “infantilização” do gênero Sentai, deve ser encarada como um novo inicio, de formação de novos fãs, para o Tokusatsu como um todo; a semente de uma nova era que se inicia por caminhos diferentes daqueles que nós, mais velhos, fizemos pela TV aberta nos anos 80. Aprender a conviver com as mudanças (que são inevitáveis), e principalmente com as diferenças é o papel dos fãs de Tokusatsu com 20 ou mais anos de idade, ao lidarem com os novos fãs, que representam um novo fôlego ao gênero tão querido por milhares de brasileiros.

MOVIE DE GHOST IN THE SHELL!


A DreamWorks adquiriu os direitos do mangá e anime "Ghost in the Shell" com planos de adaptar a trama como um longa em 3D, com atores. A história deve acompanhar histórias ligadas às investigações da Comissão Nacional Japonesa de Segurança Pública, Seção 9, órgão especializado no combate a crimes tecnológicos. Criada por Shirow Masamune, a trama foi publicada em 1989. Duas edições de mangás foram geradas a partir dessa primeira trama, além de três filmes, uma série de animes e três jogos de videogame. A Universal e a Sony também estavam interessadas no título, mas Steven Spielberg mostrou especial interesse e conseguiu abocanhar os direitos.

Segundo declaração dele à Variety, "'Ghost in the Shell' é uma das minhas histórias favoritas!". E, logo o anime estará sendo exibido na programação do Intercâmbio Animangá!