sexta-feira, 13 de junho de 2008

SAILORMOON LIVE ACTION....HUMMM...




Sailormoon Live Action



Desde Fevereiro de 1997 que Naoko Takeuchi não lançava nada relacionado com o seu maior êxito de toda a sua carreira, a série Bishoujo Senshi SailorMoon, mas no ano passado mês de Junho (2003) e aproveitando o décimo aniversário da série, Naoko Takeuchi decidiu dar aos fãs uma "nova" série de Sailormoon (As Navegantes da Lua, na tradução portuguesa).


Muitos fãs esperavam então pelo regresso da Coelhinha da Lua (Tsukino Usagi) e das suas amigas inseparáveis Ami, Rei, Makoto e Minako, mas ninguém esperava por aquilo que aconteceu... as navegantes passaram da versão em papel e animada para uma série com personagens de pele e osso.


SailorMoon estreou no Japão no dia 4 de Outubro de 2003 no canal de televisão TBS, com actores e actrizes entre os 15 e 17 anos, a série tem nos principais papeis Miyu Sawai (Tsukino Usagi) que foi a escolhida com alguma surpresa para ser a protagonista de um papel tão importante, isto porque a actriz não tinha qualquer experiência em televisão até à altura.


As outras navegantes são Chisaki Hama (Sailor Mercury), Keiko Kitagawa (Sailor Mars), Myuu Azama (Sailor Jupiter), Ayaka Komatsu (Sailor Venus) e Chiba Mamoru (A.K.A. Tuxedo Mask), que é interpretado por um rapaz de 20 anos chamado Jyoji Shibue.



No planeta Terra ninguém sabe de nada e todos foram reencarnados em humanos, Princesa Serenity, a princesa do Amor reencarnou em Tsukino Usagi (que neste live-action está menos chorona e mais corajosa que a versão animada ou manga), o príncipe Endymion em Mamoru Chiba (Tuxedo Kamen) e assim sucessivamente.


A história começa tal e qual o inicio do manga, Usagi continua a seguir pela televisão as aventuras do seu ídolo, Sailor-V. Mais tarde, aparece Luna, cujo a voz é dada por Keiko Han. É com este personagem que aparecem as primeiras diferenças, ou melhor novidades da série.



Quando todos esperavamos ver um gato verdadeiro, Luna aparece-nos em duas versões uma totalmente em 3D e outras vezes em peluche. Luna revela a Usagi qual a sua missão na Terra, e oferece-lhe um artefacto para que ela possa transformar-se em Sailor Moon e assim poder inciar a sua missão de encontrar a princesa e conseguir o "Cristal de Prata" que é muito cobiçado pela vilã da série, a Queen Beryl (Raínha Beryl).


Várias foram as adaptações que a esta nova abordagem da série sofreu, contudo a história tenta ao máximo ser fiel ao manga, o espírito e a mensagem continuam a ser a mesma, a amizade e a união entre as pessoas.


As novas situações e adpatções, são em primeiro lugar um refrescar de tendências e atitudes mais actuais entre a juventude japonesa, o uso do telemóvel é uma dessas tendências. O outro aspecto é a inevitavel manobra de marketing (tão comum no Japão e não só) para criar novos produtos de merchandise dirigidas para o público mais jovem.


Uma dessas alterações foi a inclusão de acessórios "mágicos" para cada uma das Navegantes com a excepção de Sailor Moon. Braceletes, pulseiras, estojos de maquilhagem, telemóveis, foram alguns dos artefactos dados ás navegantes para poderem usá-los nas suas transformações. É também no momento da transformação que as raparigas normais, mudam as cores dos seus cabelos ficando assim iguais à série animada.


Outra das novidades no LiveAction, é a troca do "quartel general" das Navegantes, enquanto que no manga/anime o local secreto para as reuniões era uma casa de máquinas, agora é uma sala de karaoke. Sem dúvida que esta alteração é mais uma manobra de marketing, isto porque as músicas que as navegantes cantam para passar o tempo são os "hits" de Sailor Vénus (Aino Minako) e que já existem editados em formato de single.



A música do live-action talvez seja o aspecto mais fraco da série. Da banda sonora quase que só nos apercebemos do "opening" e "ending" que são duas músicas em versão pop bastante "catchy". A grande falha do live-action é não terem incluído o tema Moonlight Densetsu, um dos temas mais celeberizado no anime e conhecido pelos fãs de SailorMoon não aparece no live-action, sendo substituída por uma melodia que está longe de ser tão interessante como o clássico Moonlight Desetsu.




Relativamente ao elenco estar bastante bom e com a maior parte dos papeis cairem que nem uma luva aos actores escolhidos, alguns aspectos deixam um bocado a desejar para os verdadeiros fãs da série. Chiba Mamoru (o namorado de Tsukino Usagi) tem a representação mais apagada e falta-lhe o charme que o caracterizava no anime quando atirava as suas rosas ao som de música espanhola.



Jedite (um dos subditos da Raínha Beryl) também ficou desfavorecido no live-action. No anime e manga Jedite tinha bastante presença, aqui o seu personagem foi caracterizado de uma forma exagerada com uniforme enfeitado, peruca e lentes de contacto o que o torna demasiado "falso".



A série está mais direcionada para o sexo feminino talvez por isso tenha um estilo mais "light" do que os clássicos Super Sentai, cheios de robots gigantes, explosões e monstros. Mesmo assim e apesar de algumas críticas, este Sailor Moon Live Action consegue atrir bastante público não só os mais novos e fãs de Sailor Moon, mas também os fãs do Tokusatsu.


THE GREAT YOKAI WAR!



The Great Yokai War




O que será que acontece à lembrança das coisas que a certa altura abandonamos? Poderá haver aí uma certa mistura de desgosto e talvez alguma raiva? Sendo esse o caso, o que faria um ser presente noutro plano e que não apreciasse muito a presença humana neste mundo...?


Tadashi (Ryonosuke Kamiki foi "seiyuu" em Howl's Moving Castle e participou em Survive Style 5+) vive com a mãe (Kaho Minami - Godzilla, Mothra and King Ghidorah: Giant Monsters All-Out Attack) e o avô (Bunta Sugawara - Tekken, The Man Who Stole The Sun) numa povoação situada nas montanhas.


Aborrecido da vida monótona que leva e com saudades da irmã (Riko Narumi) que vive com o pai (Kanji Tsuda - Zatoichi (versão de Takeshi Kitano), Dolls, Audition) em Tóquio, o rapaz passa os dias com a cabeça no ar. Para animá-lo o avô decide levá-lo a uma festival tradicional, onde ele é escolhido para ser o cavaleiro do Kirin (um ser fantástico que é o defensor da justiça, ajudando os honrosos e castigando os perversos, segundo a mitologia japonesa), e por conseguinte o seu cavaleiro será também o defensor de todos esses ideais.


Tadashi julgará que é apenas algo simbólico, uma brincadeira... até que conhece uns amistosos yokai (criaturas fantásticas do folclore e imaginário japonês) que o colocarão a par do plano do sinistro Lord Sato (Etushi Toyokawa). Apesar da sua forma humana, Sato tornou-se num demónio cheio de raiva e tem em andamento um plano para acabar com a vida humana, usando o Yomotsumano(que é apenas todo o ódio libertado pela própria humanidade) e pervertendo os espíritos de inocentes yokai, transformando-os em grotescas criaturas, meio monstros, meio máquinas cuja único fim é destruir toda a vida existente na terra.


Tadashi quer queira quer não, é o escolhido para travar Lord Sato, mas terá uma feroz adversária em Agi, (Chiaki Kuriama - participou em Ju-On: The Curse, Battle Royale, Azumi 2) a sua leal seguidora que apesar de ser uma yokai dará a sua vida para defender Sato...


Ele contará com Shojo, o espírito do Kirin (Masaomi Kondo), o kappa Kawataro (Sadao Abe - Uzumaki, Kamikaze Girls) e Kawahime, a Princesa do Rio (Mai Takahashi) para o ajudarem numa missão que à partida está condenada, pois o rapaz não está completamente convencido do seu destino assim como os próprios yokai perderam a fé na raça humana há bastante tempo, apenas o esforço e coragem desta irmandade reatará uma união íntima e mística entre o homem e os seres místicos. "E a vingança não será apenas uma prova de que és...humano?" Realizado por Takashi Miike e adaptado do livro de Hiroshi Aramata, com a adaptação a cargo do próprio Miike e também de Mitshuiko Sawamura e Takehiko Iwakura.


Um filme engraçado, com bastantes momentos cómicos (com aqueles pormenores inconfundíveis que só o Takashi Miike sabe proporcionar) e acção quanto baste. Tem alguma violência sim, mas para quem conhece os trabalhos anteriores de Takashi Miike (Ichi The Killer, One Missed Call, Audition, Full Metal Yakuza e Imprint, por exemplo, embora já tenha realizado outros filmes mais serenos como Zebraman e City Of The Lost Souls ) ... dirá que isto é coisa para crianças (e segundo o que li em alguns fóruns e sites de crítica...este é um filme para entrenimento familiar...).


A banda sonora, que está a cargo de Koji Endo, está bem feita, adequada a um filme de aventuras. É possível encontrar umas similaridades com o filme "The Never Ending Story", se pensarmos no que a perda da inocência das pessoas pode criar aos mundos a que nos habituámos desde pequenos... assim como aos seus habitantes.

FREETERS & NEET: MAIS UM GRUPO SOCIAL NIPÔNICO!



Freeters & NEET



Surgidos como resultado da crise económica que varreu o Japão e sua filosofia de emprego vitalício, nos anos 90, os «freeters» (uma palavra formada pela palavra inglesa «free» e «Arbeiter», trabalhador, em alemão) flutuam entre trabalhos temporários. Com salários de cerca de mil ienes (6 Euros) por hora, muitas vezes encontram dificuldades para pagar aluguer na capital japonesa (Tóquio), uma das cidades mais caras do mundo, onde um pequeno apartamento de 30 metros quadrados num bairro central pode facilmente custar 150 mil ienes (1,000 Euros) por mês.



Atualmente a economia no Japão está a recuperar, mas muitos dos "freeters" não conseguem aproveitar esta maré, depois de vários anos como trabalhadores sem quaisquer qualificações. A maioria das empresas em expansão prefere recrutar jovens acabados de licenciar, ou transferir os empregos básicos a países de baixos salários, como a China.


O Instituto do Trabalho japonês classifica e divide este fenómeno dos "freeter" em três grupos, o tipo moratorium que esperam por começar uma carreira, os "perseguidores de sonhos", e os do tipo "sem alternativa". Os dois primeiros tipos escolhem deliberadamente não se juntarem ao grupo das empresas rigorosas e conservadoras, em vez disso preferem tirar umas "férias" para gozarem a vida ou tentar realizar os seus sonhos que são incompatíveis com o standart de uma vida laboral japonesa.


Muitos "freeters" esperam começar a sua vida de trabalho mais tarde de forma a conseguirem um bom ordenado para suportar a família, enquanto que as mulheres esperam casar com um marido que esteja financeiramente seguro para que também possa asegurar a vida familiar. Já os do tipo "sem alternativa" não conseguem encontrar trabalho depois de terem terminado a escola ou universidade, e consequentemente aceitam trabalhos de ordenados baixos para terem em troca algum dinheiro.


Toda esta situação leva a que a maior parte destes "freeters", com idades entre 25 e 30 anos de ambos os sexos sejam considerados uns sem-abrigo. Apesar disso, eles vestem-se cuidadosamente tratando da sua aparência e conscientes da moda, parecendo um típico morador de Tóquio.


Escolhem os cybercafés por ser mais barato que os hoteis, e com as mesmas ou melhores condições do que as que os hoteis oferecem: acesso à internet, uma boa quantidade de mangá, micro-ondas e um chuveiro para o banho matinal antes de começar mais um dia de trabalho temporário.


Outra situação ainda mais extrema que ocorre no Japão, são as pessoas que optam mesmo por ficarem "sem-abrigo". A este estado foi dado o nome de NEET, uma classificação criada inicialmente pelo governo no Reino Unido, mas que rapidamente passou a ser utilizada em outros países, inclusive o Japão.


A sigla é: "Not currently engaged in Employment, Education or Training", (em português seria algo como "Actualmente sem Emprego, Educação, e Estágio"). No Japão, o termo compreende pessoas de idade entre 15 e 34 anos que são desempregadas, solteiras, não registradas na escola, não procuram trabalho ou estágios profissionais necessários para trabalhar.


Segundo alguns estudiosos consideram-nos um caso patológico, estas pessoas estão incapacitadas para interagir com as pessoas que as rodeiam, não é que não queiram tabalhar, apenas não conseguem fazê-lo. Se os NEET são a rebelião silenciosa, os “freeters” são a parte activa desta rebelião, e dizem à sociedade que não pretendem trabalhar uma vida inteira e que não querem trabalhar como máquinas, são seres humanos e querem viver como tal.


A preocupação do governo não está centrada no indíviduo, seja ele um NEET ou um "freeter", mas sim no aspecto económico do país. O maior pico registado até hoje foi de 2,17 milhões de trabalhadores temporários em 2003. A meta do governo é cortar o número de freeters para 1,74 milhões até 2010.